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Significado de Romanos 6:17-20

Paulo agradece a Deus pelo fato de os crentes romanos já estarem vivendo seus ensinamentos. Eles se tornaram obedientes a Deus depois de crerem na morte e ressurreição de Jesus Cristo. Eles estão livres do pecado e se dedicam a viver harmoniosamente, conforme o propósito de Deus.

É interessante notar que Paulo jamais conheceu aos cristãos romanos para os quais escreveu. Ele não os conheceu pessoalmente; ele não havia plantado aquela igreja. Ele diz no capítulo 1 que a fé deles era anunciada em todo o mundo (Romanos 1:8). Como Paulo sabia disso? Ele havia passado por várias parte do mundo e ouvido falar da fé deles: “Graças a Deus que, embora fôsseis servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues” (v. 17). Ele afirma ser grato pelo fato de eles demonstrarem fé e obediência. Ele lhes diz que era grato por estarem vivendo uma vida de obediência e que, tendo sido libertos do pecado, eles haviam se tornado escravos da justiça (v. 18).

Os crentes romanos abordados nesta carta estavam cercados por autoridades judaicas entre eles tentando desacreditar os ensinamentos de Paulo. Paulo os exorta a não cederem aos falsos ensinamentos. Seu ministério estava em risco porque seus oponentes estavam espalhando calúnias sobre seus ensinos em Roma, a cidade mais famosa do mundo conhecido naquela época. Era altamente importante para Paulo esclarecer sua mensagem e confirmar aos crentes romanos que eles já estavam vivendo fielmente. Se as autoridades judaicas conseguissem levar os crentes em Roma a viver sob a lei, o Evangelho da graça ensinado por Paulo em todo o mundo estaria em risco.

No versículo 19, Paulo esclarece por que usou o termo “escravidão”: pela fraqueza do homem: “Falo por causa da fraqueza da vossa carne” (v. 19). Antes de sermos salvos, apresentávamos nossos membros como escravos da impureza e da impiedade. Servir à iniquidade e ao pecado só resulta em mais impiedade (v. 19). Como seres humanos fracos, sempre serviremos a um mestre, não importa o quão fortes e independentes pensemos ser. Os cristãos que haviam crido em Jesus tinham o poder de seguir a Deus e alcançar a oportunidade de escapar do pecado ao seguirem a seu novo mestre: “Agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso proveito para a santificação e, por fim, a vida eterna” (v. 20). Agora, eles podiam escolher a justiça como seu mestre.

No entanto, ainda somos fracos na carne; por isso, devemos, como escravos da justiça, ser obedientes a Deus. Isso resulta em santificação, tornando-nos mais semelhantes a Cristo. A santificação significa uma "separação para um propósito especial". Este é o resultado da submissão aos desígnios especiais de Deus para nós: passamos a viver uma vida de ressurreição através de Cristo. Isso nos remete de volta aos versículos temáticos de Romanos, em 1:16,17: “O justo viverá pela fé”. A pessoa que confia plenamente em Deus viverá a vida harmoniosa que Deus deseja para ela.

A mensagem das autoridades judaicas era que a de que eles precisavam obedecer à lei para adquirirem a justiça. Paulo estava tentando encorajar os cristãos em Roma a não darem ouvidos àqueles falsos mestres. Ele estava se dirigindo aos irmãos que já estavam vivendo em retidão por meio da fé. Ao longo da carta aos Romanos, Paulo continuamente refuta aos ensinamentos contrários e enfatiza que tudo tem a ver com o coração da pessoa. Não dá para melhorar de fora para dentro: tem que ser de dentro para fora.

Os crentes em Roma, aos quais ele nunca conheceu pessoalmente, estavam vivendo vidas de obediência fiel. Paulo os encoraja a expressar sua fé interior em suas vidas exteriores, traçando diante deles sua história de ex-escravos da iniquidade, que sempre criava mais impiedade e os mantinha completamente separados da justiça. Porém, agora, por meio de sua fé em Cristo e, posteriormente, por meio de sua fiel obediência em suas vidas diárias, eles estavam sendo santificados e sua fidelidade havia se espalhado por todo o mundo. Paulo desejava que eles continuassem andando em fé e não sucumbissem aos falsos ensinamentos do legalismo.

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