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Significado de Mateus 1:6b-8
O Rei Salomão reinou sobre Israel no ápice da prosperidade da nação. Seu pai, Davi, foi um guerreiro que defendeu Israel de seus inimigos. Salomão redesenhou os limites do reino de Israel (1 Reis 4:7-19), adquiriu vasta riqueza (1 Reis 4:20-28), foi admirado por sua sabedoria (1 Reis 4:29-34) e, com sucesso, planejou, construiu, equipou e dedicou o templo em Jerusalém ao Senhor (1 Reis 5-8). Salomão foi autor dos livros bíblicos de Eclesiastes e Cantares de Salomão. Os textos registrados nos primeiros 29 capítulos de Provérbios são atribuídos a ele. Ao final de sua vida, o coração de Salomão se distanciou de Deus por conta de suas inúmeras mulheres e concumbinas (1 Reis 11:1-13). Infelizmente, isso contribuiu para a desobediência de Israel e sua eventual queda, através da adoração de falsos deuses.
Um personagem importante, mas inesperado, neste bloco é Urias, o Hitita. Urias era um guerreiro que lutou no exército do rei Davi. Os Hititas era um povo estrangeiro. Como os Cananeus, eles deveriam ter sido expulsos ou eliminados. Enquanto Urias estava longe de casa guerreando com o exército de Davi, o rei cobiçou sua esposa, Betseba, e cometeu adultério com ela. Quando Betseba ficou grávida, Davi tentou esconder seu pecado mandando chamar Urias de volta à sua casa, para ficar com Betseba. No entanto, para a vergonha de Davi, Urias mostrou integridade ao se recusar a se deitar com sua esposa enquanto os outros soldados lutavam no fronte de batalha. Davi, então, mandou assassinar Urias e tomou Betseba por esposa, para não deixar seu pecado vir à luz. (Mas Deus trouxe tudo à luz).
Urias não faz parte da linhagem de Jesus porém, muito provavelmente por conta de sua integridade, Mateus o cita nominalmente como forma de identificar a Betseba. Betseba, a quarta mulher citada na genealogia de Jesus, é referida, porém seu nome não aparece no texto original grego. O original aparece assim: “Davi foi o pai de Salomão com aquela que havia sido a esposa de Urias.” Salomão foi o filho de Davi com Betseba.
No relato genealógico, Mateus estabelece Jesus como herdeiro legítimo da linhagem real de Davi como sendo o Messias. Porém, Mateus acrescenta um aspecto crítico à genealogia de Cristo ao incluir Urias, o Hitita, Rute, a Moabita e Raabe e Tamar, as Cananéias. Este tema secundário demonstra como Deus enxerta ao Seu Reino os gentios que vivem em integridade pela fé. Embora Jesus seja o Salvador dos Judeus, Ele é também o Rei universal e o Salvador de todos os povos da terra.
Roboão foi filho de Salomão. Sua mãe foi Naamá, uma amonita e uma das esposas estrangeiras de Salomão. O reinado cruel de Roboão levou as Dez Tribos do Norte a se revoltar e formar seu próprio reino, que manteve o nome de Israel (1 Reis 12:1-24). Deste ponto em diante, os herdeiros de Davi reinaram sobre o reino de Judá. O rei Roboão reproduziu os pecados de seu pai e conduziu Judá à adoração de falsos deuses e à prática de rituais sexuais pervertidos (1 Reis 14:21-30).
Abias foi o filho de Roboão. Nos passos de seu pai, ele também foi um rei iníquo de Judá. No intuito de diferenciar Abias de seu rival, o rei de Israel, que tinha o mesmo nome, o filho de Roboão é mencionado no livro dos Reis como Jeroboão. O nome significa “meu pai é o mar”. Possivelmente, esta seja uma referência ao deus Cananeu Yam.
Asa foi o filho de Jeroboão. 1 Reis 15:11-15 relata que Asa foi um bom rei. Ele baniu as práticas pervertidas de adoração a falsos deuses, renunciou aos ídolos de seus pais e até mesmo removeu sua avó da realeza após ela ter produzido uma imagem obscena. Entretanto, Asa acabou comprometendo sua integridade. Ele não derrubou os lugares altos de adoração e fez aliança com Ben-Hadade, rei da Síria, ao invés de confiar em Deus (1 Reis 15:16-22 e 2 Crônicas 16:1-10).
Josafá foi o filho de Asa e seu sucessor. Como rei de Judá, Josafá governou de forma muito similar a seu pai. Ele adorou ao Deus de Israel, porém não derrubou os altares pagãos (1 Reis 22:43). A despeito de sua fidelidade em temas gerais, Josafá cometeu um erro colossal. Buscando trazer paz entre os reinos de Judá e Israel, Josafá fez aliança com Acabe, o ímpio rei de Israel. Esta aliança trouxe estabilidade no curto prazo, porém terminou em uma derrota desastrosa na batalha de Ramote-Glieade, onde Josafá foi misericordiosamente poupado (2 Crônicas 18). A aliança também trouxe influências negativas que influenciaram o reino de Judá por várias gerações. Para selar a aliança, Josafá casou seu filho, Jorão, com a filha de Acabe e Jezabel, Atalia, que introduziu a adoração a Baal ao reino do Sul.
Jorão foi o filho e sucesso de Josafá. Ao estabelecer a si próprio como rei, Jorão assassinou a todos os seus irmãos. Jorão e sua esposa Atalia tornaram-se adoradores de Baal e o reino sofreu política e espiritualmente sob seu reinado. Por conta de sua iniquidade, o profeta Eliseu profetizou sua morte por uma doença bastante dolorosa. Ao morrer, seu povo não lamentou sua morte nem o enterrou junto aos reis (2 Crônicas 21).
A inclusão deste rei ímpio de Judá à genealogia de Cristo no livro de Mateus lança luz à fidelidade de Deus, a despeito da pecaminosidade dos homens:
“Contudo, Jeová não quis destruir a casa de Davi, por causa da aliança que havia feito com Davi e porque tinha prometido que lhe daria uma lâmpada a ele e aos seus filhos, para sempre” (2 Crônicas 21:7).