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Significado de Mateus 17:19-21
O relato paralelo do Evangelho quanto a este evento é encontrado em Marcos 9:28-29.
Depois de expulsar o demônio do menino, os discípulos vieram a seu Mestre para discutir em particular o que acabara de acontecer (Mateus 17:14-18). A expressão Os discípulos pode significar os Doze, um número maior de seguidores de Jesus, ou apenas os três que estavam com Jesus em Sua transfiguração - Pedro, Tiago e João quando estavam retornando para se reunir na Galiléia (Mateus 17:22).
Mateus enfatiza que os discípulos vieram a Jesus em particular para mostrar que essa conversa havia ocorrido somente entre eles e Jesus. Marcos nos diz que essa conversa ocorreu em uma casa (Marcos 9:28). Eles podem ter ficado envergonhados por seu fracasso em expulsar o demônio, provavelmente ainda mais pela repreensão de Jesus: "Ó, geração incrédula, por quanto tempo estarei convosco? Até quando vos suportarei? Trazei-o aqui para mim" (Mateus 17:17).
Perguntaram-lhe: Por que não pudemos expulsar o demônio? Eles estavam perguntando por que eram incapazes de curar o menino, enquanto Jesus era capaz. Parece que os discípulos estavam tentando aprender com seus erros. Eles desejavam agradar a Jesus e viver de acordo com as expectativas do Messias sobre eles. Eles queriam ser grandes, mas provavelmente se sentiam inadequados para as tarefas do Reino - especialmente depois de tal fracasso público.
Jesus respondeu-lhes de forma direta e verdadeira: Por causa da pequenez de sua fé, Ele lhes disse. A palavra grega traduzida como pequenez de sua fé é "apistia". Mais do que pequenez de fé (como "oligopista"), "apistia", na verdade, significa "incredulidade". Jesus não estava dizendo que Seus discípulos tinham pouca fé, mas que eles não tinham fé em Seu poder para fazer aquela obra.
Eles não tinham a fé necessária para realizar o que Deus os capacitara a fazer. Os discípulos não confiavam no poder de Deus para fazer a obra do Reino e, portanto, eram incapazes de fazer a obra do Reino por suas próprias forças. Sua força, poder e habilidades eram insuficientes para se tornar o tipo de discípulos que Jesus esperava. Mas, o poder de Deus que estava disponível a eles, pela fé, era mais do que suficiente para que confiassem Nele.
Tendo dito a Seus discípulos por que não haviam conseguido expulsar o demônio (por causa de sua "apistia"), Jesus passou a ensinar-lhes o que precisavam para poder fazê-lo. O que eles precisavam era de fé:
“Pois verdadeiramente vos digo: se tendes fé do tamanho de um grão de mostarda, diremos a esta montanha: "Mova-se daqui para lá", e ela se moverá.”
Uma semente de mostarda é uma semente minúscula, dificilmente maior do que o tamanho de um grão de areia. Mas essa pequena quantidade de fé é suficiente, de acordo com Jesus, para ordenar que uma montanha se mova daqui para lá. Se vocês tivessem essa fé, vocês poderiam fazer isso, Jesus lhes disse. Se eles tivessem fé em Deus para fazer as coisas que Ele exigia deles, Jesus lhes estava prometendo que nada seria impossível.
Deus não deseja que provemos nada a Ele. Deus deseja que apenas confiemos Nele. Ele está interessado em nosso relacionamento com Ele, baseado no amor e na confiança. As duas questões principais do relacionamento de um crente com Deus são: Nós amamos a Deus? Confiamos Nele? Deus deseja fazer parceria conosco para realizar grandes coisas através de nós através de Seu maravilhoso poder. E nesta vida precisamos de fé para podermos estar em parceria com Ele. Quando demonstramos incredulidade, não podemos realizar nada que dure. Quando temos fé, nada é impossível e Deus se agrada muito disso.
Em Mateus 19 e João 15, Jesus disse algo semelhante, que todas as coisas são possíveis através da fé:
"E olhando para eles, Jesus lhes disse: 'Com as pessoas isso é impossível, mas com Deus todas as coisas são possíveis'". (Mateus 19:26)
"'Eu sou a videira, vós sois os ramos; aquele que habita em Mim e Eu nele, dá muito fruto, pois sem Mim nada podeis fazer... Se permanecerdes em Mim, e as Minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e isso será feito por vós. Meu Pai é glorificado por isso, que vocês dão muito fruto, e assim provam ser Meus discípulos." (João 15:5, 7-8)
Depois de curar o menino, e dizer essas coisas sobre a importância e o poder da fé, Jesus apresenta um tópico interessante sobre a situação específica que os discípulos haviam acabado de encontrar. Porém, esse tipo de demônio não sai a não ser pela oração e pelo jejum.
Parece que o que Jesus quis dizer com esse tipo de demônio se referia a uma casta ou classe particular de demônio. Jesus disse que esse tipo de demônio só sai pela oração e jejum. Oração é comunicar-se com Deus. O jejum é uma disciplina de negar um bem lícito (como comer) em prol do crescimento espiritual. O jejum é um meio de se abster de bens finitos, tais como alimentos ou prazeres, com o propósito de nos tornar menos dependentes desses bens e mais dependente de Deus. Jesus não especifica quem deve fazer a oração e o jejum, mas no contexto parece se aplicar a qualquer um que deseje ver um demônio expulso.
Quando feitos corretamente, tanto a oração quanto o jejum são atividades espirituais que levam a pessoa a um relacionamento mais próximo e dependente de Deus. A oração e o jejum podem fortalecer grandemente a fé em nosso coração. Talvez seja por isso que Jesus tneha dito que aquilo só poderia ser feito através de oração e jejum. Mas, também pode ser que Jesus tenha repreendido os discípulos por haverem desistido com muita facilidade. Quando não conseguiram expulsar o demônio, eles não persistiram na oração e no jejum.
A implicação aqui parece ser a de que existem vários tipos de espíritos demoníacos, e que Jesus sabia como tratá-los apropriadamente. Neste caso, uma vez que Jesus perguntou há quanto tempo o menino havia sido afetado, pode ser que a diferença seja a duração da atuação do espírito demoníaco no menino. No entanto, uma vez que Jesus se referiu ao espírito como um espírito surdo e mudo, também pode ser que a manifestação particular do demônio sobre o menino tenha indicado a Jesus a sua "espécie". Jesus não fornece instruções sobre como discernir "tipos" de demônios. A Bíblia nos encoraja a resistir a Satanás e seus agentes, não a analisá-los (Tiago 4:7). A principal conclusão para nós é que precisamos continuar a resistência sem ceder, incluindo em oração e jejum.
Este milagre é um testemunho da autoridade espiritual de Jesus. A autoridade de Jesus é demonstrada por Ele fazer esta declaração sobre a oração e o jejum necessários, quando Jesus claramente não precisava orar ou jejuar. Porém, Ele ordenou ao espírito, que O obedeceu imediatamente.
Marcos não registra que Jesus tenha incluído o jejum neste comentário final:
"E disse-lhes: 'Este tipo não sai, exceto por meio de oração.'" (Marcos 9:29)
Isso pode nos dizer que o foco principal é orar sem cessar. A adição do jejum seria um meio de intensificar e adicionar resistência à oração.