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Significado de Hebreus 8:9-13

A lei não era útil para mudar o coração dos homens. Por isso, Cristo colocou a lei de Deus em nossos corações e restaurou nosso relacionamento com Deus. Nossos pecados são perdoados para sempre sob a Nova Aliança.

Os versículos 7-12 deste capítulo são uma citação de Jeremias 31:31-34. O apóstolo cita este texto para mostrar a promessa de Deus aos israelitas do Antigo Testamento de que, um dia, faria uma nova aliança com eles, uma aliança melhor. Isso enfatizou aos cristãos judeus, leitores desta carta, que a mensagem não era nova - ela havia sido prometida a Israel muito tempo antes (no momento que esta carta foi escrita cerca de quinhentos anos haviam se passado do registro de Jeremias).

O ministério do nosso Sumo Sacerdote, Jesus, supera em muito ao ministério dos sacerdotes que serviram sob a Antiga Aliança. O ministério anterior dos sacerdotes era o de agir como mediadores entre Deus e Seu povo, continuamente oferecendo sacrifícios para expiação de pecados e ofertas de paz, lembrando o povo sobre a lei de Deus. O sacrifício de Jesus deu origem à Nova Aliança, onde a lei não estaria mais escrita em tábuas de pedra, mas escrita no coração de todos os que cressem. O local da lei teve que mudar. Não apenas isso, havia agora um sacrifício permanente que expiava os pecados do mundo, de uma vez por todas.

A Antiga Aliança não havia funcionado. Escrever a lei em tábuas e contar com os sacerdotes terrenos para mediar entre Deus e Seu povo não trouxe e jamais poderia produzir paz entre Deus e o homem. Israel se rebelava contra Deus vez após vez, voltando-se à idolatria, à injustiça, à imoralidade. O plano de Deus de fornecer o perdão total pelos pecados da humanidade e oferecer salvação do pecado e da morte dependia de uma aliança melhor.

O escritor lança luz sobre isso em Hebreus 7:11: "Ora, se o aperfeiçoamento fosse pelo sacerdócio levítico (pois sob este o povo recebeu a Lei), que necessidade havia ainda de que um outro sacerdote se levantasse segundo a ordem de Melquisedeque e de que não fosse contado segundo a ordem de Arão?"

A Nova Aliança, utilizando-se de um sacrifício irrepreensível, expiou a todos os pecados de uma vez por todas. O sacrifício foi de um Homem perfeito, sem pecado, totalmente obediente à vontade de Deus; Ele se tornou Filho, nosso Rei e nosso Sacerdote.

Esta Nova Aliança foi feita entre as casas de Israel e Judá e Deus. A tribo de Judá produziu o sacrifício de sangue dessa aliança. O próprio Jesus, que nasceu da tribo de Judá, declarou na Última Ceia: "Porque este é o Meu sangue da aliança, que é derramado por muitos para o perdão dos pecados" (Mateus 26:28). Esta aliança também é estendida às nações, ou seja, aos gentios, a todas as pessoas da terra, mesmo as que não eram judias. Em Romanos 9:25-26, Paulo cita o profeta Oséias para estabelecer a aceitação dos gentios: "Como diz também em Oséias: 'Chamarei os que não eram do meu povo, 'meu povo', e aquele que não foi amado, 'amado'. 'E será que no lugar onde lhes foi dito: 'Vocês não são o Meu povo', lá eles serão chamados filhos do Deus vivo."

Essa Nova Aliança seria muito maior do que aquela estabelecida pelo Senhor com os israelitas quando os tomou pela mão para levá-los para fora do Egito e da escravidão. Ele escreveria Sua lei e Seus mandamentos nos corações e mentes de Seu povo, ligando-a a seu próprio ser, para que a tivessem sempre com eles. Hoje, não precisamos passar por sacerdotes e mestres terrenos para conhecer ao Senhor, pois todos podemos conhecê-Lo pela possibilidade de nos aproximar Dele com ousadia, do menor ao maior. Ele terá misericórdia de nós e nos concederá perdão total por nossos pecados (v. 12). Nesta aliança, temos uma visão clara de Deus e, em um nível prático, seremos mais capazes de determinar o que é santo do que é profano, porque a lei foi escrita em nossos corações. Após crermos em Cristo, recebemos novos corações (Jeremias 24:7) e passamos a ser habitação do Espírito Santo, nosso Ajudador (João 14:26).

Vivemos sob essa nova aliança agora graças à morte e ressurreição de Jesus Cristo. Devido à Sua obra expiatória em nosso favor, pela fé Nele, somos capazes de agradar a Deus. O pacto anterior se tornou obsoleto e envelhecido, está pronto para desaparecer.

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