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Significado de Atos 12:6-11
Lucas, o autor de Atos, continua a descrever o quanto Herodes se esforça para proteger a Pedro na prisão:
Quando Herodes estava para apresentá-lo, nessa mesma noite, Pedro dormia entre dois soldados, acorrentado com duas cadeias, e sentinelas, à porta, guardavam o cárcere (v. 6).
Pedro estava em uma situação de profunda desesperança. Ele acabara de ver seu velho amigo e parceiro de ministério decapitado e sabia que seu pescoço era o próximo. Herodes colocou quatro escoltas de soldados para guardá-lo (v. 4), ou seja, dezesseis homens no total, prendendo-o com duas correntes a dois soldados, um de cada lado, com mais guardas fora da cela.
Pedro havia sido preso anos antes pelo Sinédrio, mas o Senhor interveio e o libertou, bem como aos outros apóstolos. No entanto, era fácil imaginar que, naquela circunstância, Pedro pensasse que isso não fosse ocorrer novamente. Pela primeira vez em anos, um companheiro de fé havia sido executado (Atos 12:2).
Pedro foi preso durante a Páscoa e, portanto, sua mente provavelmente tenha relembrado a prisão e crucificação de Jesus, também ocorrida durante a Páscoa. Neste ponto, Pedro provavelmente estava resignado diante do fato de que, em última análise, o destino dele e dos outros líderes da igreja seria muito parecido com o de Jesus, Estêvão e Tiago. O próprio Jesus advertiu a Pedro de que seria assim (Mateus 24:9; João 21:18-19).
Porém, Pedro não parecia temer. Ele não parecia estar incomodado com as circunstâncias. Ele não parecia estar preocupado em morrer. Ele não estava nervoso, andando de um lado para o outro da cela. Ele estava dormindo.
A fé de Pedro era mostrada em seu sono. Às vésperas de sua execução, ele não tinha preocupações aparentes. Ele já havia visto Deus ressuscitar aos mortos, ele havia visto milagres, ele já havia visto Deus fazer coisas que nenhum homem jamais imaginaria. E, assim, ele confia e descansa em Deus, percebendo que, independentemente de ter sua minha cabeça no lugar amanhã ou não, ele estava em Suas mãos.
Talvez nesse ponto Pedro tivesse aprendido a lição sobre a qual escreveria mais tarde em sua carta conhecida como 1 Pedro:
"Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que vos exalte a seu tempo, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós" (1 Pedro 5:6-7).
Podemos ver nesta passagem escrita por Pedro que ele confiava que Deus o exaltariaa Seu tempo, caso ele se humilhasse. Neste caso, humilhar-se significava contentar-se em morrer como mártir. Parte da aparente paz de Pedro em seu martírio iminente pode ter sido devido ao fato de Jesus dizer-lhe para esperar ser martirizado (João 21:18-19).
Pedro também era um dos que desejavam ser grandes. Assim, Jesus finalmente atende a seu pedido, pois a verdadeira grandeza vinha através de ser testemunha fiel de Cristo diante da morte, perda ou rejeição. A palavra grega traduzida como "testemunha" no livro de Apocalipse é "martys", da qual derivamos a palavra "mártir" (Apocalipse 1:5). Jesus foi uma testemunha fiel porque venceu a morte, a perda e a rejeição do mundo. Jesus promete recompensar grandemente a todos os que seguirem a Seus passos e exemplo (Apocalipse 3:21).
Embora Deus tivesse permitido que Herodes decapitasse ao apóstolo Tiago, levando aquele ministro fiel para se reunir com seu Senhor, Deus tinha mais trabalho para Pedro na terra. Enquanto Pedro estava deitado, dormindo em uma cela, acorrentado a dois guardas, com muitos outros soldados vigiando a prisão do lado de fora da porta, Deus intervém:
Eis que sobreveio um anjo do Senhor, e uma luz brilhou na prisão; e ele, tocando o lado de Pedro, o despertou, dizendo: ‘Levanta-te depressa’ (v. 7).
Pedro estava dormindo tão profundamente que a luz do anjo do Senhor não o acordou. O anjo teve que tocar em Pedro para que ele despertasse. O anjo ordena que Pedro se levante. Sabemos pelo versículo 9 que Pedro pensou estar tendo uma visão. Podemos supor que tenha sido algo parecido com a visão dos animais descendo do céu em um lençol (Atos 10:9-15).
Claramente os guardas acorrentados a Pedro não acordaram. Apenas Pedro, a quem o anjo tocou e acordou. Talvez, por isso, ele tenha pensado estar tendo uma visão. Ninguém mais na sala reagiu ao que ele viu.
Imediatamente, Pedro é liberto de suas correntes:
As cadeias caíram-lhe das mãos (v. 7).
O anjo não precisou tocar nas correntes, elas simplesmente caíram de seus pulsos.
Pedro esperou pela próxima ordem do anjo. Ele foi despertado e suas correntes caíram, mas ainda estava na cela com os guardas dormindo ao seu redor. O anjo continua a levar Pedro à ação:
O anjo acrescentou: Cinge-te e calça as tuas sandálias. Ele assim o fez. Disse-lhe mais: Cobre-te com a tua capa e segue-me (v. 8).
Pedro toma seu manto e obedece:
Pedro, saindo, seguia-o e não sabia que era real o que se fazia por meio do anjo, mas julgava que era uma visão (v. 9).
O anjo o leva para fora da cela e nenhum dos guardas se mexe. Eles dormem, enquanto o prisioneiro e seu guia sobrenatural atravessam a prisão.
Depois de terem passado a primeira e a segunda sentinela, chegaram ao portão de ferro que dá para a cidade, o qual se lhes abriu por si mesmo (v. 10). Novamente, é interessante notar que o propósito do anjo era simplesmente o de dizer a Pedro o que fazer, conduzindo-o pela palavra. As correntes caíram de seus pulsos sozinhas e o portão de ferro da prisão se abriu para ele. Não foi pela mão do anjo que esses obstáculos foram desfeitos. Deus estava removendo as barreiras para libertar a Pedro, enquanto o anjo brilhava e o guiava de volta à cidade.
“E, saindo, andaram uma rua, e logo o anjo o deixou” (v. 10). O trabalho do anjo estava feito. Ele se afastou de Pedro imediatamente. A libertação divina estava completa. Pedro é deixado sozinho na rua.
Neste ponto, ele parece acordar completamente e percebe que tudo havia sido real:
Pedro, tornando a si, disse: Agora, sei verdadeiramente que o Senhor enviou o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que esperava o povo judaico (v. 11).
Ele caiu em si, ou seja, voltou a seus sentidos e viu que o resgate da prisão havia realmente acontecido. Agora, ele tinha certeza e atribuiu o milagre a Deus. O Senhor enviou o anjo e o resgatou. Ele foi liberto da mão de Herodes, de sua prisão e do resultado pretendido - Pedro foi resgatado de tudo o que o povo judeu esperava que acontecesse com ele. Eles esperavam ver sua execução, assim como havia ocorrido com Tiago. Porém, não era hora de Pedro partir. O Senhor tinha mais a fazer.